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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Mistério do Livro

1º Capitulo
Era uma vez um reino sumptuoso e belo. Nesse reino havia um palácio, onde vivia a família real. O Rei Raimundo II, a bonita rainha Beatriz e a pequena princesa Margarida.
Margarida tinha 8 anos, um cabelo como o sol lá em cima, a cara sardenta e olhitos como o belo mar azul. Todos os dias divertia-se a saber o que estava por de trás de cada porta do palácio enorme em que vivia, pois não tinha amigos com quem brincar.
Certo dia, nas suas descobertas, encontrou uma porta ainda não aberta pelas suas brancas mãos. Mal entrou, viu variados tesouros, entre eles estava numa mesinha um grande livro que despertou a sua atenção.
Mal o abriu: seeeplaaache… Margarida caiu para dentro do livro.
Foi ter a uma floresta cheia de gnomos, pássaros e animais…

Á hora do almoço… no palácio…
- Querido, sabes onde é que está a Margarida? Hesitou a rainha.
- E porque raio eu haveria de saber? Deixa-me comer em paz! Refilou.
- Porque és pai dela, mas não te preocupes, eu vou procura-la.

Mais tarde…
-Valha-me Deus! Raimoudoooo…!
- O que foi agora?
-Olha a porta e olha o livro!
- Sim a porta está aberta e o livro tambem. Oh não me digas que ela caiu lá dentro, nunca mais voltará. Mas a culpa é nossa porque não podíamos deixar este maldito livro no palácio, pois como sabemos que a nossa filha é tão curiosa, mais cedo ou mais tarde ela iria descobri-lo.
-Mas o pior de tudo é que não podemos ir ter com ela! Só uma pessoa lá pode entrar!


Na floresta…
Onde estou, está ai alguém? Perguntava a princesa.
-Olha, Tom uma humana pensava que não existiam! Exclamava o gnomo Jassh.
- Vamos falar com ela parece desorientada. Respondeu-lhe.
-Estás parvo ou quê, ainda nos mata!
-Tem ar que não mata ninguém.
-Está bem, tu dizes olá e depois eu fugo!
- Comigo não te escapas! Respondeu-lhe, agarrando-o.
-Olá, eu sou o Tomer, mas tratam-me por Tom, e este feio que está ao meu lado é o Jassh. E tu quem és?
- Eu sou a princesa Margarida, caí para um livro situado no meu palácio e vim aqui parar. Olhem amigos, há aqui mais alguém para além de vocês?
- Sim, existem muitos pássaros, animais e mais gnomos.

No palácio…
-Umm, umm, uumm, uma. Chorava a rainha.
-Não chores mais Isabel, iremos encontra-la.
-Tu sabes bem que isso não irá acontecer. A minha filhinha, queridinha, um, ummum.
- Tenho uma ideia!
- Que eu saiba as tuas ideias acabam sempre mal, pelo menos nos últimos 30 anos!
- Mas esta não vai acabar como as outras, prometo.
- E, qual é?
-Abanamos o livro e depois ela cai dele e volta.
-Não sei. Não?
- Se não resultar bates-me muito, mas mesmo muito!
- Olha que vontade, não me falta. Vá, vamos abanar o livro.

Na sala onde se encontrava o livro…
-Alou, Raimundo!
-Hã, sim, o quê?
- Estavas a dormir em pé ou quê? Ajuda-me a abanar o livro, é pesadíssimo!
-Quando eu disser 3, querida.
- 1,2,3, força!
Depois de muito abanarem e de nenhum sinal de Margarida, a rainha grita:
-Acordos, são acordos! Anda cá Raimundo, vais apanhar das boas. Correndo atrás dele com um pau grosso.
- Ai, minha mãe! Acudam-me!

Na floresta…
- E onde é que vais passar a noite? Pergunta-lhe Tom.
-Não sei, se calhar…
- Se calhar o quê? Vens viver connosco e acabou-se. Aconselhou Jassh.
- Então é melhor irmos, já está a escurecer. Propôs Tom.
-Onde está a vossa carroça? Perguntou a princesa.
-O que é isso? Questionaram em coro.
-Uma carroça é uma espécie de caixa grande com rodas, puxada a cavalos, que serve para nos deslocarmos, não conhecem? Esclareceu Margarida.
- Não e coitados dos cavalos! Argumentou Tom.
- E nós os gnomos deslocamo-nos através de teletransporte. Finalizou o Jassh.
- Dá-nos as tuas mãos, vamos para casa! Vvooooooooooo…
Já em casa dos gnomos, a princesa exclama:
- A vossa casa é linda, vou adorar cá estar!
- Aposto que os meus pais ainda não deram pela minha falta, são tão distraídos que não me ligam nada. Balbuciava ela olhando as estrelas pela janela.
- Margarida já podes vir deitar-te, se não te importares ficas no mesmo quarto que nós.
- Não, não me importo, estou com tanto sono que podia dormir dias, até manhã.

Ao mesmo tempo… no palácio…
-Raimundo, onde será que ela vai dormir? Interrogava a rainha.
-Mas o rei já ressonava… -Valha-me Deus! Dizia ela.
2º Capitulo
No dia seguinte ao ouvirem a sua música matinal, acordaram, vestiram os seus belos trajes reais, o rei pôs as suas muletas, e foram tomar o pequeno-almoço.
Bolos, doces pão, vinho e água enchiam a mesa, mas não tinham muita fome, pelo acontecido á princesa.
A Certa altura a rainha diz alto:
-Salomé, chame cá o arauto que lhe quero dizer uma coisa.
- Com certa vossa senhoria, assim o farei. Disse a aia.
-O que lhe queres dizer? Declarou o rei todo ciumento.
- Logo ficarás a saber…
-Sim, majestade, chamou-me? Disse surpreendido o arauto.
- Sim chegue aqui! Pediu a rainha.
Depois segredou-lhe ao ouvido
-A nossa princesa caiu dentro grande livro da sala sagrada e o rei dá metade do reino a quem descobrir como fazer com que ela volte, sã e salva. Anuncie isto e peça para que passem a palavra.
-Desculpe alteza, o povo sabe de que livro se trata? Hesitou o arauto.
-Eu mostrei-lhes e contei-lhes o que acontecia se o abrissem, e onde se situava agora vá!
-Assim o farei vossa majestade.
-Oiçam todos! Oiçam todos e passem a palavra!
-A nossa princesa caiu dentro do livro da que está na sala sagrada e o rei dá metade do reino a que descobrir como traze-la de volta. Sã e salva!
Dai adiante, vários eram os que se encontravam á porta do palácio. Uns vinham da China outros da América, da Europa, da África, de todos os sítios que se possam imaginar e outros que não!
Mas nenhum era suficientemente esperto para resolver tal mistério, e por isso foram necessários dias para descobrir alguém com essa qualidade…

Na floresta…
-E que tal irmos mostrar-te os nossos amigos, depois deste delicioso lanchem que o Jassh nos preparou.
-Sim, gostava muito.
-Pois sabes Margarida, sou perito na cozinha!
-Ah, ahaah, é pena não seres perito na memória, acabas-te de queimar as panquecas!
-Oh, não o meu lanchee…! Disse, dando um salto.
- Deixa lá, tambem não tinha muita fome. Vamos! Animou ela.
-Olha lá, ela é tão querida e simpática, ontem ouvi-a a falar sozinha, sobre os pais, coitada não os vais poder ver mais. Declarava, tristemente Tom
-E eu que no inicio pensava que nos queria matar…
-Então, vamos amigos! Estão á espera de quê? Gritou ela já longe.
- De nada, vamos, corre Tom…
-E aqui estão, são estes os nossos amigos.
-Parecem muito simpáticos, olhem aqueles coelhinhos, cavalinhos…
Todos ficaram amigos da princesa, e ficaram a brincar durante horas e horas e horas!

No povo depois de todos saberem a noticia….
-Já viste António, o rei está disposto a dar metade da sua fortuna. Vamos mandar lá o nosso filho, já que é tão esperto! Dizia a padeira, ao seu marido.
-Mas que bela ideia, Gertrudes. Chama-o!
-Ó Jorge!
- Sim mãe precisa de ajuda? Perguntou o rapaz.
- Não. Olha lá, já sabes da história da princesa?
-É claro que sim, não se fala de outra coisa!
- E Já agora, não queres tentar resolver o mistério?
-Nem pensar! E não fale, mais disso.
- Não queres ir, mas sabes que nesta casa o dinheiro não nasce da noite para o dia, por isso vais!
-Como queira. Respondeu tristemente.
Antes de ele sair, ela segredou qualquer coisa aos seus 3 filhos mais novos, dando-lhes a seguir uma enorme corrente do tamanho da entrada do palácio á sala do livro, para que os seus filhos prendessem o irmão á entrada, impedindo que este fugisse.

No castelo…
-Isabel, parece que ninguém descobre o mistério do livro!
-Sê paciente que ainda faltam muitos!
-Próximo! Berrou o rei.
-Olá, rapaz. Apresenta-te.
- Muito boa tarde, Vossa Alteza. Chamo-me Jorge e tenho 8 anos.
-O que fazem os teus pais?
-A minha mãe é padeira e o meu pai lenhador. Mas eu estava já de saída! Um fim de boa tarde. Adeus!
- Não sei se vais conseguir sair daí, para muito longe, estás preso ao pilar com uma forte corrente. Não brinques comigo, lembra-te que sou o rei. Acompanha-me!
-Sim vossa alteza.
Na sala do livro…
-Ah, ah! Vou ler a História do livro. Hum! Aqui fala sobre a princesa e sobre gnomos! Olhe a cada momento que passa aparecem mais palavras. Examinou o Jorge.
O que se passava dentro do livro era escrito nele.
A certa altura o rapaz exclama:
-Tenho uma ideia, escrevemos o fim da história e assim ela volta!
-Espero bem, que as tuas ideias não sejam como as minhas! Informou o rei.
O rapaz pegou numa pena e escreveu: e a princesa voltou para casa e ao ler no livro a amizade dela com os gnomos, acrescentou: indo visitar os seus amigos sempre que quisesse, com que quisesse e eles poderam visitar a princesa sempre que quisessem…





Na floresta…
Vuuuuuuuuuuuu… - Socorro amigos, estou a ser levada! Gritou a princesa.
-Ó não Margaridaaaa…!

No palácio…
-Pai, mãe! Disse abraçando-os. Estou de volta! Oh, mas nunca mais irei ver o Tom, o Jassh e os outros…
- Estás enganada, filha, lê o fim do livro… Disse a rainha.
Ao ler, logo se alegrou:
- Boa, ainda vai ser mais divertido, posso levar quem eu quiser, e eles poderão vir cá! E a minha aventura, está aqui escrita!
- Obrigado rapaz, sem ti nunca teríamos conseguido, e vai chamar os teus pais para lhes entregar a recompensa. Animou-se o rei.
A mãe do Jorge ficou muito satisfeita com o filho, e este ficou o melhor amigo da Margarida, que agora já não precisava de se divertir sozinha.
Quanto ao rei e á rainha continuaram com as suas brigas e passaram a passar as férias no livro…

E como sempre, viveram felizes para sempre!

Maria Ribeiro, Maio de 2010

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